Na noite de sexta-feira, 23, o mercado automotivo brasileiro assistiu à estreia de mais um grande player internacional. A GAC, uma das maiores montadoras da China, desembarcou oficialmente no país com a apresentação de seus primeiros cinco modelos.
E, diferente de outras marcas asiáticas que costumam exibir números, fichas técnicas e inovações como principal argumento, a GAC escolheu trilhar um caminho diferente: colocar a emoção no centro da experiência.
Uma marca chinesa que chega falando sobre histórias, não apenas sobre carros
Quinta maior fabricante da China, a Guangzhou Automobile Group Co., que aqui será conhecida simplesmente como GAC (pronunciada “gê-a-cê”), inicia sua operação brasileira com uma visão bem clara: mais do que vender carros, quer fazer parte da trajetória das pessoas. Essa abordagem é perceptível desde os primeiros movimentos de marketing da marca no país, que escolheu como slogan “Viva o Inesquecível”.
Ao invés de reforçar a já reconhecida qualidade dos veículos chineses, a GAC aposta em uma comunicação emocional, focada em como um carro pode ser um parceiro para momentos importantes da vida — seja na liberdade de viajar, no crescimento profissional ou nas mudanças pessoais.
Estrutura pronta antes dos carros
Essa proposta de valorização da jornada dos clientes começa antes mesmo da venda dos veículos. A GAC estruturou uma operação robusta de pós-venda no Brasil, com centros de distribuição de peças já abastecidos, antecipando qualquer eventual problema que possa surgir para quem adquirir um de seus modelos.
De acordo com Marcello Braga, diretor de marketing da GAC no Brasil, esse movimento reflete o compromisso da empresa com a satisfação do cliente. “Nosso foco não é apenas vender um carro, mas garantir que a experiência de ter um GAC no Brasil seja realmente tranquila e positiva desde o primeiro dia”, explica.
De desconfiança à valorização: a mudança na percepção dos carros chineses
Braga, que já liderou a estratégia de marketing de outra fabricante chinesa no país, conhece bem o caminho percorrido pelas marcas asiáticas no imaginário do consumidor brasileiro. “Se antes havia uma grande desconfiança sobre a qualidade dos veículos chineses, hoje isso ficou para trás. O público entende que são carros de alta tecnologia, design sofisticado e durabilidade.”
Por isso, a GAC opta agora por uma abordagem que vai além da ficha técnica. “O brasileiro ama carro, mas ama ainda mais aquilo que vive dentro dele: viagens, conquistas, histórias. Nossa proposta é justamente essa”, reforça.
Os primeiros carros da GAC no Brasil
Para a estreia, a marca traz cinco modelos, mesclando SUVs, sedãs e elétricos. Quatro deles são 100% elétricos e um conta com tecnologia híbrida, refletindo o compromisso da montadora com a mobilidade sustentável.
Os modelos são: Hyptec HT, GS4, Aion V, Aion Y e Aion ES. Eles chegam com preços que variam entre R$ 160 mil e R$ 350 mil, posicionando a GAC como uma opção de entrada no segmento de carros premium elétricos.
O foco está em consumidores das classes A e B, principalmente pessoas de 30 a 45 anos, que buscam não apenas um meio de transporte, mas um carro que reflita estilo de vida, tecnologia e consciência ambiental.
Design, tecnologia e uma proposta premium
Ainda que o discurso inicial da GAC seja centrado na experiência emocional, isso não significa que os veículos deixem a inovação de lado. Pelo contrário. Os modelos chegam ao Brasil oferecendo:
- Design sofisticado, com linhas modernas e proporções bem resolvidas.
- Tecnologia embarcada de última geração, com sistemas de condução semi-autônoma, conectividade avançada e inteligência artificial aplicada à experiência de condução.
- Autonomia competitiva nos modelos elétricos, pensada para atender tanto rotinas urbanas quanto viagens mais longas.
Aliás, o modelo Aion V, por exemplo, oferece uma autonomia superior a 500 km, dependendo da versão, além de suporte a carregamento ultrarrápido. Já o Aion Y, mais compacto, é ideal para o ambiente urbano, combinando eficiência com agilidade no trânsito das grandes cidades.