<p>O mercado automotivo dos Estados Unidos, um dos maiores e mais competitivos do mundo, acaba de receber uma notícia que pode reconfigurar sua cadeia produtiva e comercial: a imposição de uma <strong>tarifa de 25% sobre todos os veículos importados</strong>. A decisão foi anunciada pelo ex-presidente <strong>Donald Trump</strong> nesta quarta-feira (2), dentro de um pacote mais amplo de medidas protecionistas, apelidado de “tarifaço”, que visa incentivar a produção interna e reequilibrar a balança comercial norte-americana.</p><div class="amp_ad_wrapper jnews_amp_inline_content_ads"><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-6543355671988753"
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<p>A nova alíquota começa a valer já a partir da próxima quinta-feira (3) e deve atingir em cheio países que têm participação expressiva na exportação de veículos para o território americano — com destaque para o <strong>México</strong>, que responde por mais de dois terços dos veículos produzidos localmente e enviados aos EUA.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Protecionismo e pressão sobre a cadeia automotiva</h2>



<p>Segundo Trump, a motivação para o aumento tarifário é clara: criar condições mais favoráveis para a produção doméstica. “A Toyota vende muitos carros nos Estados Unidos, mas a GM não vende quase nenhum no Japão”, afirmou, ao justificar o novo imposto como uma forma de combater assimetrias comerciais.</p>



<figure class="wp-block-image size-large"><img src="https://mitdriveclub.com.br/wp-content/uploads/2025/04/trump-taxa-2-1200x675.webp" alt="" class="wp-image-10419"/></figure>



<p>Entretanto, o impacto da medida pode ser profundo para os próprios parceiros comerciais dos EUA. A <strong>indústria automotiva mexicana</strong>, por exemplo, deve sofrer cortes na produção, aumento do desemprego e até fechamento de fábricas, já que cerca de <strong>70% dos veículos produzidos no México em 2024 — mais de 2,8 milhões de unidades — foram destinados ao mercado norte-americano</strong>.</p>



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<p>Entre os modelos fabricados no México e amplamente vendidos nos Estados Unidos estão a <strong>Toyota Tacoma</strong>, <strong>Chevrolet Equinox</strong>, <strong>Ford Bronco Sport</strong>, <strong>Maverick</strong>, <strong>Volkswagen Tiguan</strong>, <strong>Ram 2500 e 3500</strong>, além do <strong>Nissan Sentra</strong>. A nova tarifa deve forçar uma reavaliação estratégica de grandes montadoras, que poderão acelerar o processo de relocalização da produção para dentro do território americano.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Incentivos para produção local</h2>



<p>Além da sobretaxa sobre veículos estrangeiros, Trump também sinalizou um novo pacote de <strong>incentivos para veículos fabricados nos Estados Unidos</strong>, incluindo <strong>financiamentos com juros mais baixos</strong>. Embora os detalhes ainda não tenham sido divulgados, a proposta reforça o objetivo do ex-presidente de centralizar a cadeia automotiva dentro das fronteiras nacionais.</p>



<figure class="wp-block-image size-large"><img src="https://mitdriveclub.com.br/wp-content/uploads/2025/04/trump-taxa-2-1-1200x800.webp" alt="" class="wp-image-10420"/></figure>



<p>Curiosamente, muitas marcas estrangeiras que hoje dominam o mercado americano — como <strong>Toyota, Honda, Nissan, Mercedes-Benz, BMW e Volvo</strong> — já operam com fábricas instaladas nos EUA. Isso significa que, embora sejam originárias de fora, suas operações locais não serão afetadas pela tarifa, o que cria uma vantagem competitiva frente às marcas que ainda dependem de importações.</p>



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<h2 class="wp-block-heading">E o Brasil, como fica?</h2>



<p>Para o <strong>mercado brasileiro</strong>, a nova medida tem impacto praticamente <strong>nulo</strong>. Isso porque o Brasil <strong>não exporta veículos para os Estados Unidos</strong>, ao contrário do fluxo inverso. Hoje, o que chega ao Brasil vindo dos EUA são modelos de alto valor agregado, como o <strong>Ford Mustang</strong>, <strong>F-150</strong>, <strong>Ram 1500</strong>, <strong>Jeep Grand Cherokee</strong>, <strong>Wrangler</strong>, <strong>Gladiator</strong> e o <strong>BMW X6</strong> — todos com preços acima dos R$ 500 mil e voltados a um nicho específico do mercado de luxo.</p>



<p>Esses modelos, inclusive, já são taxados com <strong>35% de imposto de importação</strong>, valor padrão para veículos provenientes de países com os quais o Brasil não possui acordos comerciais. Ou seja, na prática, a nova tarifa de 25% aplicada nos EUA <strong>não altera as relações comerciais com o mercado brasileiro</strong> nem muda a forma como esses modelos são tributados por aqui.</p>

Trump mira o setor automotivo com tarifa de 25% sobre carros importados nos EUA
Decisão entra em vigor nesta semana e pode remodelar a indústria global; México será o mais afetado, enquanto o Brasil escapa dos impactos diretos

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