A Xiaomi, conhecida mundialmente por sua atuação no setor de eletrônicos, agora precisa lidar com os desafios de um segmento completamente diferente: o automotivo. O modelo Xiaomi SU7 Standard Edition, primeiro carro elétrico da marca, acaba de ser envolvido em um recall que atinge 116.887 unidades na China — e a correção será feita de maneira bastante incomum para a indústria automobilística, mas familiar para os fãs da empresa: por meio de atualização remota (OTA).
Produzidos entre 6 de fevereiro de 2024 e 30 de agosto de 2025, os veículos afetados possuem falhas em um dos sistemas mais sensíveis da condução automatizada: o assistente de direção em rodovias com nível de automação L2. A Administração Estatal de Regulação do Mercado (SAMR), órgão chinês responsável por controlar esse tipo de operação, publicou o chamado em 19 de setembro.
O que está em jogo: assistência que pode falhar em situações inesperadas
Segundo a fabricante, o problema se concentra na incapacidade do sistema de detectar cenários incomuns de tráfego, o que pode comprometer a segurança em certas situações. Isso se torna especialmente perigoso se o condutor não estiver atento ou não reagir a tempo. Em outras palavras, trata-se de uma vulnerabilidade na inteligência do piloto automático, que pode não interpretar corretamente obstáculos, manobras de outros carros ou mudanças repentinas nas faixas.
Diferente de recalls tradicionais, que exigem visitas a concessionárias ou oficinas autorizadas, a Xiaomi decidiu aplicar uma atualização de software remota, exatamente como ocorre em celulares da marca. A solução será gratuita e os proprietários receberão o alerta por SMS e pelo aplicativo oficial do carro.



