O cenário das motocicletas no Brasil passa por uma transformação importante impulsionada pela entrada em vigor do Promot5, a nova etapa do programa de controle de emissões para veículos de duas rodas. E quem sentiu esse impacto diretamente foi a Haojue. Representada pela JTZ Motos no país, a marca chinesa oficializou a retirada de quatro modelos de sua linha nacional: Chopper Road 150, DK 150, Lindy 125 e VR 150.
A decisão vem em resposta à exigência de que todas as motos fabricadas ou vendidas no Brasil se adequem ao novo padrão de emissões estabelecido, que é mais rigoroso e alinhado com padrões internacionais. Assim, modelos com motorização carburada ou configurações mais antigas deixam de ser compatíveis com os requisitos ambientais, abrindo caminho para uma nova geração de motocicletas mais limpas e tecnológicas.
Por que a Haojue decidiu encerrar a produção desses modelos?
O principal motivo é técnico e regulatório: os quatro modelos não atendem às exigências do Promot5, o novo marco de emissões que entrou em vigor no Brasil. Entre as mudanças estão limites mais rígidos de poluentes, que demandam sistemas de alimentação mais modernos — como a injeção eletrônica —, além de catalisadores e outros componentes mais avançados no tratamento dos gases do escapamento.
Embora estejam saindo de linha, a marca reforça que os consumidores não serão deixados de lado. Os proprietários das motos descontinuadas continuarão a contar com assistência técnica, peças de reposição e suporte pós-venda, como parte do compromisso da empresa com a base de clientes que construiu no país.
Detalhes das motos que deixam o mercado
Chopper Road 150: a herança da Intruder
A Chopper Road 150 foi, por muito tempo, a sucessora espiritual da lendária Suzuki Intruder. Apostando em um visual clássico de estilo custom, ela trazia um motor monocilíndrico de 149 cm³ com carburador, potência de 11,27 cv e torque de 1,16 kgfm.

O câmbio de cinco marchas e o conforto da posição de pilotagem garantiam sua presença entre os fãs de motos acessíveis e estilosas. Rodas de liga leve, freios a disco nas duas rodas com sistema combinado, além de marcador de marchas e combustível, completavam o pacote.
DK 150: a street de vocação urbana

Compartilhando o mesmo propulsor da Chopper Road, a DK 150 se destacava por sua proposta urbana, com linhas mais modernas e equipamentos voltados para o uso cotidiano. O painel digital com conta-giros, rodas de 18 polegadas, freios CBS com disco dianteiro e tambor traseiro, e o estilo city faziam da DK uma opção interessante para quem buscava economia com visual contemporâneo.
Lindy 125: mobilidade com economia

Voltado para o segmento de scooters, o Lindy 125 tinha como trunfo o baixo custo de uso. Seu motor monocilíndrico de 124 cm³ com carburador entregava 8,4 cv e torque de 0,92 kgfm, acoplado a um câmbio automático CVT. Tinha freio a disco na dianteira com sistema combinado e bauleto de série, ampliando o espaço sob o banco — características ideais para quem usa a moto no dia a dia urbano.
VR 150: robustez com câmbio automático

Já o VR 150 era o mais encorpado entre os quatro. Com motor de 150 cm³ e injeção eletrônica, ele oferecia maior eficiência no consumo e controle de emissões. O câmbio era automático CVT e o modelo trazia também bauleto integrado, rodas de 12 polegadas na frente e 10 atrás, reforçando seu foco em mobilidade urbana. Mesmo com estilo simples, entregava boa usabilidade