A mais recente atualização do PBE Veicular 2025 — realizada no final de outubro — consolida um novo marco para o setor automotivo brasileiro. O programa, coordenado pelo Inmetro, passa a abranger 865 modelos de 41 marcas diferentes, reunindo dados técnicos fundamentais sobre consumo de combustível, autonomia elétrica e emissões.
Essa expansão não apenas sinaliza a crescente penetração de carros elétricos, híbridos e plug-in no país, mas também marca a entrada de quatro fabricantes inéditos no programa, revelando uma nova etapa da diversidade no mercado de veículos movidos a novas tecnologias.
Com isso, o programa reforça sua função como uma das principais ferramentas de transparência energética à disposição do consumidor brasileiro — cada vez mais atento ao desempenho e ao impacto ambiental do seu próximo veículo.
As novas marcas e seus modelos avaliados
A atualização trouxe quatro estreantes ao PBE Veicular 2025, todas voltadas ao universo da mobilidade eletrificada. Os modelos recém-inseridos reforçam o portfólio de opções sustentáveis no mercado nacional:
- Denza B5 1.5-16V Plug-in
- Farizon V6E Elétrico e SV Elétrico
- Geely EX5
- Leapmotor B10 Elétrico, C10 Elétrico e C10 1.5 Plug-in
Essas fabricantes, com forte atuação em mobilidade sustentável na Ásia, começam a fincar território no Brasil, aproveitando a estrutura do PBE para apresentar seus veículos ao consumidor com dados oficiais de desempenho energético e ambiental, como consumo urbano e rodoviário, emissões de CO₂ e autonomia elétrica estimada.
Modelos novos e versões atualizadas
Além das marcas inéditas, a Tabela PBE 2025 incorporou diversos novos modelos e versões atualizadas de veículos já conhecidos no mercado. Entraram para a base oficial veículos como:
- Audi RS3 Sedan 2.5-20V
- BMW X7 xDrive40i Híbrido
- Ferrari 12 Cilindri
- GWM Poer e Haval H9
- Nissan Ariya
- Toyota Hiace
No segmento dos elétricos puros, destacam-se os Volvo EC40 e EX40 Performance Ultra, que reforçam a presença da marca sueca no mercado premium sustentável.
Também foram atualizadas as versões de modelos como Chevrolet Onix, Fiat Toro, Jeep Commander, Honda Accord, HR-V, ZR-V e Lexus NX 450h Plug-in, antecipando configurações que estarão disponíveis para o público em 2026.
A participação de marcas como BYD, GWM, Mercedes-Benz e Porsche também se ampliou, sobretudo no portfólio de híbridos e híbridos plug-in, refletindo o movimento das montadoras rumo a tecnologias de menor impacto ambiental.
Como funciona o PBE Veicular e por que ele importa
O Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) é um dos principais instrumentos do país para medir e informar a eficiência energética dos veículos comercializados no mercado nacional. Criado em 2008, ele é coordenado pelo Inmetro, em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Ibama, e tem como objetivo principal orientar o consumidor para escolhas mais conscientes e incentivar a competitividade entre as marcas.
No programa, os carros são classificados de A a E, sendo A os mais eficientes de sua categoria. As medições incluem:
- Consumo urbano e rodoviário com etanol, gasolina ou diesel
- Autonomia dos modelos elétricos e plug-in
- Níveis de emissão de CO₂ por quilômetro rodado
Essas informações aparecem na etiqueta veicular — um adesivo obrigatório nos carros novos que serve como um comparativo direto entre modelos da mesma categoria.
Ferramenta de escolha, incentivo à inovação
Mais do que um documento técnico, a etiqueta veicular funciona como um termômetro da inovação e sustentabilidade na indústria automotiva. À medida que os consumidores se informam melhor sobre o desempenho energético dos veículos, cresce também a pressão para que montadoras invistam em tecnologias mais limpas e eficientes.
Por isso, o PBE Veicular 2025 é mais do que uma tabela de dados: ele é parte essencial da transição energética no setor automotivo brasileiro.
Com a chegada de novas marcas, a multiplicação de modelos eletrificados e a atualização constante dos dados, o programa se consolida como um aliado tanto para o consumidor exigente quanto para o mercado que busca competitividade com responsabilidade ambiental.



