A nova geração do Volkswagen Tiguan acaba de desembarcar na Argentina, marcando o início da fase de reestruturação da linha global do SUV médio da marca alemã. Produzido no México e posicionado estrategicamente abaixo do Touareg, o Tiguan 2026 chega renovado por completo — mas com decisões que sinalizam mudanças claras no público-alvo e no posicionamento da marca na América do Sul.
Com preços que partem de aproximadamente R$ 275 mil, o modelo estreia por lá com motorização 1.4 TSI de 150 cv, o mesmo conjunto usado atualmente em T-Cross Highline, Nivus GTS e Taos. O câmbio é sempre o automatizado DSG de seis marchas, reconhecido pela entrega suave e rápida de trocas, o que garante um bom equilíbrio entre desempenho e consumo.
Mudanças técnicas e reposicionamento
A versão oferecida na Argentina deixou de lado dois elementos que antes eram pontos fortes do Tiguan: a tração integral 4Motion e a configuração com sete lugares. A nova geração aposta exclusivamente na traseira com cinco lugares e tração dianteira, decisão que parece seguir a lógica de enxugar custos e se aproximar da estratégia de produtos como o próprio Taos, seu “irmão de plataforma”.
Se por um lado essas escolhas reduzem o apelo para quem buscava mais robustez ou versatilidade familiar, por outro, valorizam o conforto urbano e tornam o Tiguan mais acessível — tanto no preço quanto no pós-venda.
Visual renovado e linguagem global
Na parte estética, o Volkswagen Tiguan 2026 assume uma nova identidade, mais fluida e arredondada. A dianteira apresenta faróis full-LED com design afilado, grade frontal com novo padrão horizontal e uma assinatura visual mais moderna. Na traseira, o destaque fica para as lanternas conectadas por uma faixa iluminada, um recurso já visto em outros modelos da marca.
A versão R-Line adiciona uma dose extra de esportividade ao visual, com rodas maiores, para-choques exclusivos, acabamentos escurecidos e elementos que elevam a percepção de sofisticação, algo que o cliente do segmento médio valoriza.
Interior mais digital e refinado
Por dentro, o Tiguan segue o padrão de atualização da Volkswagen: painel 100% digital, nova central multimídia com tela flutuante, compatível com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, além de comandos sensíveis ao toque para climatização e sistema de iluminação ambiente personalizável.
O acabamento interno também recebeu atenção, com materiais de toque suave, apliques metálicos e novos padrões de revestimento nos bancos e portas, entregando um ambiente que se aproxima da linha premium.
Pacote tecnológico e assistências ativas
O Tiguan 2026 não ficou para trás no quesito segurança. O modelo chega com um pacote robusto de assistentes de condução, que pode variar de acordo com a configuração, incluindo:
- Frenagem autônoma de emergência com detector de pedestres,
- Alerta de colisão frontal,
- Controle de cruzeiro adaptativo com função stop&go,
- Assistente ativo de permanência em faixa,
- e sensores de estacionamento com câmera traseira.
Essas tecnologias ajudam a posicionar o SUV em igualdade com seus principais concorrentes, como o Toyota Corolla Cross, o Jeep Compass e o mais recente Honda ZR-V.
Expectativa no Brasil
No Brasil, o novo Tiguan já roda em testes camuflados e tem chegada prevista para 2025, embora sem data oficial definida. É possível que o modelo mantenha a mesma motorização 1.4 TSI por aqui, mas rumores apontam também para uma possível versão híbrida plug-in ou com motorização 2.0 turbo, já usada em modelos como o Jetta GLI.
Independentemente da configuração final, o fato é que o Volkswagen Tiguan 2026 passa a focar em um consumidor mais conectado, que valoriza tecnologia, sofisticação e visual moderno — ainda que abra mão da tração integral e do espaço extra da terceira fileira.



