A KTM 160 Duke foi oficialmente apresentada ao mercado indiano como a nova porta de entrada para o universo das nakeds da marca austríaca. Inspirada no design das irmãs de maior cilindrada, ela chega para substituir a 125 Duke e posicionar-se como opção premium entre as motos de baixa cilindrada, mirando concorrentes diretas como a Yamaha MT-15.
Com preço inicial de 185 mil rúpias (aproximadamente R$ 11,5 mil em conversão direta), a novidade promete atrair jovens pilotos e entusiastas que buscam desempenho aliado a equipamentos de ponta.
Motor e desempenho herdados da 200 Duke
O coração da nova 160 Duke é um monocilíndrico de 164,2 cm³, refrigerado a líquido e derivado diretamente da 200 Duke. Com 18,74 cv a 9.500 rpm e 1,5 kgfm de torque a 7.500 rpm, o propulsor entrega respostas rápidas e lineares, trabalhando em conjunto com um câmbio de seis marchas equipado com embreagem assistida e deslizante, recurso que garante trocas mais suaves e segurança extra em reduções bruscas.

Embora a KTM não tenha confirmado oficialmente, há indícios de que o motor tenha sido desenvolvido em parceria com a Bajaj, como já ocorre com outros modelos da linha.
Estrutura e ciclística de moto maior
Seguindo a tradição da marca, a KTM 160 Duke mantém a base estrutural robusta com quadro em treliça de aço. A suspensão dianteira conta com garfos invertidos de 43 mm e curso de 138 mm, enquanto a traseira traz monoamortecedor com ajuste de pré-carga e curso de 161 mm. A configuração é voltada para oferecer estabilidade em alta velocidade e agilidade no trânsito urbano.

O sistema de freios, fornecido pela Brembo, é composto por disco dianteiro de 320 mm e traseiro de 230 mm, ambos assistidos por ABS de dois canais. As rodas de 17 polegadas são calçadas com pneus sem câmara, reforçando a proposta de segurança e desempenho.
Tecnologia e equipamentos
Apesar de posicionar-se como modelo de entrada, a nova 160 Duke traz um pacote tecnológico generoso para o segmento. Entre os destaques estão a iluminação full LED, conectividade Bluetooth via aplicativo KTM Connect, navegação curva a curva e controle de chamadas e músicas direto no painel. O display é em LCD — mais simples que o TFT presente nas versões de maior cilindrada — mas ainda assim oferece boa visibilidade e informações completas ao piloto.

O tanque comporta 10,1 litros e a distância entre-eixos é de 1.357 mm, medidas que favorecem tanto a agilidade quanto a estabilidade. A moto chega nas cores Laranja Eletrônico, Azul Atlântico e Prata Metálico Fosco.
Possibilidade de chegada ao Brasil
Ainda não há confirmação oficial sobre a importação da KTM 160 Duke para o Brasil, mas o histórico da marca no país deixa espaço para expectativa. Entre 2015 e 2021, a KTM vendeu a Duke 200 por aqui, e com os planos de instalação de uma fábrica em Manaus, a produção local poderia tornar o modelo mais competitivo no preço final.
Hoje, uma Duke 200 2021 tem valor médio de R$ 20,7 mil na Tabela Fipe, o que indica que a chegada da 160 Duke poderia abrir uma nova faixa de consumidores para a marca, especialmente entre aqueles que desejam uma naked de estilo agressivo e tecnologia de ponta, mas com custo mais acessível.



