<p>A <strong>BYD</strong>, uma das maiores fabricantes de <strong>carros elétricos</strong> do mundo, decidiu traçar uma linha clara entre opinião e ataque. Em uma medida sem precedentes, a montadora chinesa <strong>acionou judicialmente 37 influenciadores</strong> digitais após acusações de <strong>difamação</strong> que, segundo a empresa, colocam em risco sua reputação no mercado global.</p><div class="amp_ad_wrapper jnews_amp_inline_content_ads"><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-6543355671988753"
 crossorigin="anonymous"></script>
<!-- mitdriveclub-display -->
<ins class="adsbygoogle"
 style="display:block"
 data-ad-client="ca-pub-6543355671988753"
 data-ad-slot="5401942169"
 data-ad-format="auto"
 data-full-width-responsive="true"></ins>
<script>
 (adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
</script></div>



<p>O motivo? Uma série de vídeos, postagens e artigos que circularam em plataformas chinesas, contendo desde <strong>boatos sobre uma suposta falência</strong> da empresa até alegações de que a montadora financiaria ataques virtuais contra marcas concorrentes. A resposta da BYD foi direta: criar uma <strong>divisão interna especializada</strong>, chamada <strong>News Anti-Fraud</strong>, dedicada a identificar e combater conteúdos considerados nocivos.</p>



<p>Essa unidade não apenas rastreia publicações difamatórias como também atua de forma estratégica ao incentivar o público a participar. Para isso, oferece <strong>recompensas de até 5 milhões de yuans</strong>, o equivalente a cerca de <strong>R$ 3,6 milhões</strong>, para quem denunciar conteúdos falsos que forem comprovadamente prejudiciais à imagem da marca.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Um novo capítulo na relação entre marcas e internet</h2>



<p>Enquanto muitas empresas adotam uma abordagem diplomática diante de críticas online, a postura da BYD marca um ponto de inflexão. <strong>Ao judicializar conteúdos de opinião</strong>, mesmo em ambientes digitais onde predominam influenciadores independentes, a montadora estabelece um padrão que pode ter reflexos duradouros — especialmente em mercados ocidentais, como o Brasil.</p>



<div class="wp-block-wp-quads-adds">
<!-- WP QUADS v. 2.0.92 Shortcode Ad -->
<div class="quads-location quads-ad965" id="quads-ad965" style="">
<div class="quads-ad-label quads-ad-label-new">Publicidade</div><amp-ad layout="fixed" width=300 height=250 type="adsense" data-ad-client="ca-pub-6543355671988753" data-ad-slot="8766472104"></amp-ad></div>
</div>



<p>Aliás, o que se viu na China pode servir de alerta. Um dos criadores processados foi condenado a pagar uma multa de <strong>100 mil yuans (R$ 77 mil)</strong> e obrigado a publicar um pedido de desculpas público após sugerir um <strong>esquema de manipulação de mídia</strong> por parte da montadora. Em outro caso, o autor de um vídeo afirmando que a empresa passava por uma grave crise financeira foi punido sem direito à retratação informal.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Liberdade de expressão ou dano à reputação?</h2>



<p>Embora o episódio esteja acontecendo no território chinês, ele levanta discussões relevantes também para os <strong>influenciadores automotivos</strong> do Brasil, onde a <strong>BYD tem expandido sua presença de forma agressiva</strong> com lançamentos como Dolphin, Song Plus e o aguardado King.</p>



<div class="wp-block-wp-quads-adds">
<!-- WP QUADS v. 2.0.92 Shortcode Ad -->
<div class="quads-location quads-ad965" id="quads-ad965" style="">
<div class="quads-ad-label quads-ad-label-new">Publicidade</div><amp-ad layout="fixed" width=300 height=250 type="adsense" data-ad-client="ca-pub-6543355671988753" data-ad-slot="8766472104"></amp-ad></div>
</div>



<p>Ao mesmo tempo que marcas precisam proteger sua reputação contra <strong>fake news</strong> e ataques orquestrados, há uma linha tênue entre isso e a <strong>repressão à crítica legítima</strong>. No setor automotivo, onde as opiniões técnicas e experiências reais de consumidores pesam na hora da compra, a <strong>liberdade de expressão dos criadores de conteúdo</strong> desempenha um papel vital — seja elogiando ou apontando falhas.</p>



<p>A diferença fundamental está no uso de <strong>provas e responsabilidade</strong>. Opinar com base em testes reais ou experiências de uso não é o mesmo que <strong>espalhar desinformação com o objetivo de viralizar</strong>. E é justamente essa a narrativa adotada pela BYD para justificar sua postura dura.</p>

Influenciadores na mira: BYD reage a críticas e entra com 37 processos por difamação
Com a criação de um departamento especializado em rastrear fake news, a montadora intensifica o controle sobre sua imagem e promete recompensas a denunciantes
