
<p>A recente inclusão dos carros elétricos no chamado <strong>&#8220;Imposto do Pecado&#8221;</strong> tem gerado intensos debates no setor automotivo. Marcelo Godoy, presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), criticou duramente essa decisão, qualificando-a como uma verdadeira &#8220;anomalia do sistema&#8221;.</p><div class="amp_ad_wrapper jnews_amp_inline_content_ads"><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-6543355671988753"
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<p>A proposta, aprovada pela Câmara dos Deputados e agora em análise no Senado, traz consigo uma série de implicações controversas para o futuro dos veículos elétricos no Brasil.</p>



<h2 class="wp-block-heading"><strong>Impacto Ambiental e Debate Sustentável</strong></h2>



<p>O ponto central da polêmica é a justificativa utilizada para a inclusão dos <strong>carros elétricos</strong> no tributo. Segundo o grupo de trabalho da Câmara dos Deputados, o impacto ambiental das baterias que alimentam esses veículos seria motivo suficiente para sua taxação. No entanto, Marcelo Godoy discorda veementemente dessa posição.</p>



<figure class="wp-block-image size-full"><img src="https://mitdriveclub.com.br/wp-content/uploads/2024/07/imposto-carro-eletrico-1-jpg.webp" alt="carro eletrico" class="wp-image-3033"/></figure>



<p>Em <a href="https://autoesporte.globo.com/setor-automotivo/industria-automotiva/noticia/2024/07/associacao-sobre-imposto-do-pecado-para-carros-eletricos-anomalia-do-sistema.ghtml" target="_blank" rel="noreferrer noopener">comunicado para o portal autoesporte </a>ele comentou: <em>&#8220;A discussão é bateria? Vamos abrir um debate aberto sobre descarte. O próprio Mover tem plano de reciclagem e a bateria hoje vale muito, não vai ter descarte. Vai existir uma forma de reciclar e dar até um terceiro uso para essa bateria&#8221;</em>, afirma Godoy.</p>



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<p>Godoy acredita que a inclusão dos carros elétricos neste imposto é uma decisão mais política do que sustentável. Ele argumenta que os veículos elétricos representam uma solução viável para problemas ambientais e que penalizá-los com um imposto adicional é um contrassenso.</p>



<h2 class="wp-block-heading"><strong>Estrutura Tributária e Impactos no Setor Automotivo</strong></h2>



<p>A estrutura do &#8220;Imposto do Pecado&#8221; prevê a substituição de cinco tributos atualmente cobrados sobre o consumo (PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS) por três novos impostos: IBS, CBS e o Imposto Seletivo. </p>



<figure class="wp-block-image size-full"><img src="https://mitdriveclub.com.br/wp-content/uploads/2024/07/imposto-carro-eletrico-3-jpg.webp" alt="" class="wp-image-3036"/></figure>



<p>Esse novo sistema de tributos deverá ter uma alíquota máxima de 26,5%, afetando diretamente produtos considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, incluindo carros elétricos e a combustão, embarcações, aeronaves, cigarros e bebidas alcoólicas e açucaradas.</p>



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<h2 class="wp-block-heading"><strong>Reação do Setor de Veículos Elétricos</strong></h2>



<p>Ricardo Bastos, presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), também se posiciona contra a nova tributação. &#8220;<em>A carga tributária dos veículos já é muito alta. O IBS já vai impor uma penalidade em torno de 26% sobre eles. Uma carga ainda mais alta não permitirá o crescimento da demanda por veículos em geral e por veículos elétricos em particular, inibindo a escala necessária inclusive para a produção local&#8221;</em>, explica Bastos.</p>



<figure class="wp-block-image size-full"><img src="https://mitdriveclub.com.br/wp-content/uploads/2024/07/imposto-carro-eletrico-2-jpg.webp" alt="" class="wp-image-3035"/></figure>



<p>Ele acrescenta que a inclusão dos veículos elétricos no Imposto Seletivo é ainda mais absurda, considerando que a eletrificação não prejudica nem a saúde pública nem o meio ambiente.<em> &#8220;No limite, deveriam estar no imposto apenas os veículos a combustão que utilizem combustíveis fósseis. Nunca os eletrificados ou movidos a biocombustível&#8221;,</em> completa Bastos.</p>



<p><strong>Veja também<br></strong><a href="https://mitdriveclub.com.br/noticias/volkswagen-quer-imposto-de-35-para-carros-eletrificados-estrategia-para-fortalecer-a-industria-automotiva-brasileira/">Volkswagen Quer Imposto de 35% para Carros Eletrificados: Estratégia para Fortalecer a Indústria Automotiva Brasileira</a></p>



<h2 class="wp-block-heading"><strong>Histórico de Tributação de Carros Híbridos e Elétricos</strong></h2>



<p>Em 2024, o Brasil retomou a cobrança do imposto de importação para carros híbridos e elétricos, após quase oito anos de isenção. Inicialmente, as taxas foram ajustadas para 12% nos híbridos e 10% nos elétricos. </p>



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<p>No entanto, em julho do mesmo ano, os valores subiram significativamente para 25% nos híbridos, 20% nos híbridos plug-in e 18% nos elétricos. A previsão é de novos aumentos em 2025 e 2026, com fabricantes pressionando para que o imposto retorne aos 35% originais o quanto antes.</p>



<h2 class="wp-block-heading"><strong>Conclusão e Perspectivas Futuras</strong></h2>



<p>A decisão de incluir os <strong>carros elétricos</strong> no <a href="https://mitdriveclub.com.br/noticias/imposto-do-pecado-para-carros-eletricos-anomalia-do-sistema-diz-presidente-da-abeifa/" data-type="post" data-id="3029">&#8220;Imposto do Pecado&#8221;</a> levanta questões cruciais sobre o futuro da mobilidade sustentável no Brasil. A alegação de que as baterias desses veículos causam impacto ambiental ignora planos robustos de reciclagem e reaproveitamento já em vigor. Além disso, a alta carga tributária ameaça o crescimento do mercado de veículos elétricos, essencial para a transição para uma economia mais verde.</p>



<p>Conforme<a href="https://mitdriveclub.com.br/noticias/kia-mantem-precos-dos-carros-apos-aumento-de-imposto/"> apontado por líderes do setor</a>, é necessário um debate aprofundado e transparente sobre a verdadeira sustentabilidade dos veículos elétricos e a lógica por trás de sua inclusão em tributos voltados para produtos prejudiciais. O futuro da mobilidade elétrica no Brasil depende de políticas públicas que incentivem, e não penalizem, tecnologias inovadoras e sustentáveis.</p>

Imposto do Pecado para Carros Elétricos: Anomalia do Sistema, Diz Presidente da Abeifa
Debate Intenso Sobre Sobretaxa em Veículos Movidos a Bateria
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