<p>Quando se fala em carros clássicos nacionais que uniram ousadia, requinte e uma dose de engenharia conjunta improvável, o nome <strong>Ford Versailles</strong> sempre aparece. </p><div class="amp_ad_wrapper jnews_amp_inline_content_ads"><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-6543355671988753"
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<p>Lançado no início da década de 1990, o modelo não apenas representou uma nova tentativa da Ford de dominar o segmento dos sedãs médios como também simbolizou o ápice de uma das parcerias mais curiosas da indústria automotiva brasileira: a <strong>Autolatina</strong>, união entre Ford e Volkswagen.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O nascimento de um projeto ousado</h2>



<p>A ideia de compartilhar plataformas entre duas gigantes do setor automobilístico parecia ousada, mas virou realidade no fim dos anos 80. A Ford, com dificuldades em competir com os rivais em tecnologia e volume, e a Volkswagen, buscando expandir sua atuação, deram origem à joint venture Autolatina. Dessa união, nasceu o Versailles: um sedã médio desenvolvido sobre a base do <strong>Volkswagen Santana</strong>, mas com uma roupagem pensada para transmitir o refinamento esperado de um Ford.</p>



<figure class="wp-block-image size-large"><img src="https://mitdriveclub.com.br/wp-content/uploads/2025/07/assets_task_01k0hwyeref6yr22sjbrkfgkm2_1752947676_img_0-1200x800.webp" alt="" class="wp-image-11957"/></figure>



<p>A primeira versão chegou às ruas em <strong>1991</strong>, com design redesenhado na dianteira e na traseira, que lhe conferia uma identidade visual própria. Mesmo sendo “irmão” do Santana, o Versailles se diferenciava com faróis mais afilados, grade dianteira horizontalizada e lanternas traseiras exclusivas. O capô liso e as rodas com acabamento mais sóbrio completavam a estética de um sedã voltado ao consumidor mais conservador, mas exigente.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Destaques do design e acabamento</h2>



<p>Um dos trunfos do Versailles era justamente seu visual mais requintado. Na época, ele brigava diretamente com modelos como <strong>Chevrolet Monza</strong> e <strong>Fiat Tempra</strong>, ambos bastante populares entre executivos e famílias de classe média alta. </p>



<figure class="wp-block-image size-full"><img src="https://mitdriveclub.com.br/wp-content/uploads/2025/07/SnapInsta.to_150157873_769108867319850_8717209727695455151_n.webp" alt="" class="wp-image-11953"/></figure>



<p>O Versailles apostava em um perfil mais europeu, com linhas retas, proporções equilibradas e um interior que buscava entregar conforto e elegância.</p>



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<p>A cabine contava com materiais bem acabados, volante anatômico e painel de instrumentos com boa legibilidade. Os bancos, em veludo ou couro (nas versões mais completas), ofereciam apoio adequado, enquanto o espaço interno era digno de um sedã médio. </p>



<figure class="wp-block-image size-full"><img src="https://mitdriveclub.com.br/wp-content/uploads/2025/07/SnapInsta.to_149848937_1185972831835440_6901908954714905996_n.webp" alt="" class="wp-image-11955"/></figure>



<p>A ergonomia também foi bem pensada para a época, com comandos ao alcance das mãos e detalhes como o console central elevado e os difusores de ar bem posicionados.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Motorização e desempenho</h2>



<p>Sob o capô, o <strong>Ford Versailles</strong> foi oferecido com duas opções de motorização durante sua trajetória. A principal era o confiável <strong>motor 1.8 e 2.0 AP</strong>, ambos de origem Volkswagen. Esses propulsores já eram bem conhecidos pelo mercado e entregavam um equilíbrio entre desempenho e manutenção acessível. O motor <strong>2.0 com injeção multiponto</strong>, disponível nas versões mais equipadas, entregava cerca de <strong>116 cv</strong>, o que era respeitável para um sedã nacional da época.</p>



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<p>As transmissões podiam ser <strong>manual de cinco marchas</strong> ou, em algumas versões, <strong>automática de quatro velocidades</strong> — uma raridade entre os sedãs brasileiros naquele período. Esse conjunto mecânico era robusto, confiável e fácil de manter, o que contribuiu para a boa aceitação do Versailles entre motoristas que buscavam um carro durável para uso urbano e rodoviário.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Versões, equipamentos e evolução</h2>



<p>O Versailles foi lançado inicialmente nas versões <strong>GL</strong>, <strong>GLX</strong> e mais tarde a top de linha <strong>Ghia</strong>, que oferecia um pacote bastante completo para o início da década de 1990. Entre os itens de série e opcionais estavam <strong>vidros e travas elétricas</strong>, <strong>ar-condicionado</strong>, <strong>direção hidráulica</strong>, <strong>retrovisores elétricos</strong>, <strong>freios a disco nas quatro rodas</strong> e até <strong>teto solar</strong>, um luxo na época.</p>



<figure class="wp-block-image size-large"><img src="https://mitdriveclub.com.br/wp-content/uploads/2025/07/assets_task_01k0hwd9jeeqmvnvm6v92h3a01_1752947025_img_0-1200x800.webp" alt="" class="wp-image-11956"/></figure>



<p>Além disso, a Ford investiu na produção de uma variante mais curta com duas portas (basicamente voltada ao sul do país) e também na <strong>versão Royale</strong>, que nada mais era do que a perua derivada do Versailles, com amplo espaço no porta-malas e apelo familiar.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Popularidade e fim da linha</h2>



<p>Mesmo não sendo um campeão de vendas, o <strong>Versailles teve seu público fiel</strong>. Seu maior mérito foi entregar sofisticação sem exageros e uma experiência de direção mais tranquila e confortável. Em comparação com os concorrentes, o sedã da Ford se destacava pelo visual refinado e pelo bom comportamento dinâmico na estrada, além do consumo comedido.</p>



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<p>Com o fim da Autolatina em <strong>1996</strong>, o Versailles deixou de ser produzido, encerrando uma curta, porém relevante trajetória no mercado brasileiro. Ele foi substituído pelo <strong>Ford Mondeo</strong>, modelo de origem europeia que inaugurava uma nova fase da marca no país.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Como o Versailles é visto hoje?</h2>



<p>Atualmente, o <strong>Ford Versailles</strong> é considerado um <strong>clássico da década de 90</strong>, especialmente entre colecionadores e entusiastas de sedãs nacionais. Seu estilo sóbrio, mecânica resistente e história singular o tornaram um modelo querido nos encontros de carros antigos. </p>



<p>Com manutenção acessível, peças disponíveis e uma legião de fãs, o Versailles encontrou seu espaço entre os veículos que marcaram época — um verdadeiro símbolo de um tempo em que parcerias improváveis resultaram em modelos surpreendentes.</p>

Ford Versailles: elegância, história e a herança de um clássico nacional
O sedã que marcou uma geração ainda conquista admiradores com seu estilo europeu e alma brasileira

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