<p>Nos dias 31 de março e 1º de abril, <strong>milhares de entregadores de aplicativos</strong> paralisaram suas atividades em diversas cidades do país. A mobilização, articulada por lideranças regionais e apoiada por movimentos populares, teve seu foco inicial em <strong>São Paulo</strong>, mas se espalhou rapidamente para outros grandes centros urbanos. </p><div class="amp_ad_wrapper jnews_amp_inline_content_ads"><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-6543355671988753"
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<p>No centro da pauta, estão <strong>reivindicações salariais e de condições de trabalho</strong> — com destaque para a exigência de uma <strong>taxa mínima de R$ 10 por entrega</strong>, reajuste no pagamento por quilômetro rodado e melhorias nas políticas das plataformas de delivery.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O coração da mobilização: o custo da entrega sob duas rodas</h2>



<p>A manifestação ganhou força nas redes sociais, nos grupos de trabalhadores e, principalmente, nas ruas. Segundo os organizadores, as principais exigências incluem:</p>



<ul class="wp-block-list">
<li><strong>Aumento da taxa mínima para R$ 10</strong> por corrida;</li>



<li><strong>Pagamento de R$ 2,50 por quilômetro rodado</strong> (atualmente em R$ 1,50);</li>



<li><strong>Limite de 3 km para entregas realizadas com bicicletas</strong>, respeitando as limitações físicas e o tempo de trajeto;</li>



<li><strong>Remuneração integral por pedido agrupado</strong> em rotas com múltiplas entregas.</li>
</ul>



<p>Embora o movimento tenha mirado diversas plataformas, como Uber Eats, Zé Delivery e Rappi, o principal alvo das críticas foi o <strong>iFood</strong>, que hoje concentra cerca de <strong>80% do mercado nacional de entregas por aplicativo</strong>.</p>



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<h2 class="wp-block-heading">Um mercado bilionário em conflito</h2>



<p>Apesar da rápida expansão do setor de <strong>mobilidade urbana via aplicativos</strong>, a relação entre entregadores e plataformas digitais segue marcada por tensões. O modelo de negócio baseado na &#8220;economia de bicos&#8221; (gig economy) é criticado por sua <strong>falta de vínculo empregatício</strong>, ausência de garantias básicas e pela <strong>pressão por produtividade</strong>.</p>



<p>Durante a paralisação, o líder e entregador Junior Freitas resumiu o sentimento da categoria:</p>



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<blockquote class="wp-block-quote is-layout-flow wp-block-quote-is-layout-flow">
<p>“Nosso sangue está sendo derramado nas ruas enquanto essas empresas faturam bilhões. Queremos apenas dignidade para continuar trabalhando.”</p>
</blockquote>



<p>A insatisfação não é apenas local. Em países como Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, o debate sobre a <strong>formalização dos entregadores</strong> também tem mobilizado trabalhadores, legisladores e o setor de tecnologia. A greve brasileira reacende esse debate por aqui, especialmente num cenário em que o <strong>uso de motocicletas e bicicletas para entregas cresceu exponencialmente</strong> nos últimos anos.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A resposta das plataformas e o impasse</h2>



<p>Antes do início oficial da greve, o iFood respondeu ao movimento por meio de uma carta enviada a representantes dos entregadores. No documento, a empresa destacou que promoveu <strong>reajustes nas taxas mínimas e nos valores por quilômetro rodado</strong> nos últimos três anos — de R$ 5,31 em 2022 para R$ 6,50 em 2023.</p>



<p>Além disso, a plataforma afirmou que mantém <strong>canais abertos de escuta e diálogo</strong>, e que está comprometida com a <strong>melhoria contínua da experiência dos entregadores</strong>, garantindo mais ganhos e melhores condições de trabalho.</p>



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<p>No entanto, os líderes da paralisação contestaram os dados apresentados e afirmaram que os reajustes, na prática, <strong>não refletem o aumento no custo de vida, no preço dos combustíveis, da manutenção das motos e da segurança pessoal nas ruas</strong>.</p>



<p>Segundo Freitas, uma comissão de entregadores chegou a ser recebida pelo iFood no primeiro dia da greve, mas <strong>nenhum acordo concreto foi firmado</strong>. “Não tivemos absolutamente nada das empresas. Nenhuma proposta. Vamos continuar lutando até sermos ouvidos de verdade”, declarou durante o segundo dia de mobilização.</p>

Entregadores pressionam apps por taxa mínima de R$ 10: entenda o impacto da greve para o setor.
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