O Chevrolet Corvette ZR1X marca um novo capítulo na história do muscle car mais famoso dos Estados Unidos. Se nas gerações anteriores ele já ousou ao adotar motor central e configuração híbrida, agora a Chevrolet avança ainda mais ao unir força bruta, alta tecnologia e tração integral em um só modelo. A proposta soa quase como uma heresia para os puristas, mas entrega números impressionantes que colocam o ZR1X entre os carros mais extremos já fabricados pela marca.
O esportivo não esconde suas intenções desde o primeiro contato: são impressionantes 1.267 cv de potência combinada e 134,5 kgfm de torque, empurrando a carroceria cupê de mais de 1.800 kg a velocidades que beiram o absurdo.
Coração de fera: V8 central biturbo e motor elétrico frontal
A arquitetura do Corvette ZR1X é a síntese da ousadia. Na traseira, entra em cena o motor LT7 V8 5.5 biturbo com virabrequim plano, responsável por 1.079 cv e 114,5 kgfm. Com esse tipo de virabrequim, o motor entrega não só desempenho, mas um som visceral típico de carros de pista. Já na dianteira, um motor elétrico aprimorado entra em ação, entregando sozinho 188 cv e 20 kgfm, o suficiente para transformar o comportamento dinâmico do carro.

Essa configuração híbrida coloca o Corvette em um novo patamar de performance. O sistema agora utiliza uma bateria de 1,5 kWh úteis, 26% mais eficiente do que a do E-Ray. Localizada no túnel central, ela oferece maior entrega de energia e permite ao ZR1X empurrar os limites da aceleração.
Acelerando para um novo universo
Com tração integral inteligente e distribuição instantânea de torque, o Corvette ZR1X vai do 0 aos 100 km/h em menos de 2 segundos. Isso o posiciona ao lado de hipercarros de milhões de dólares em desempenho. Nos testes internos da GM, o modelo percorreu 400 metros em menos de 9 segundos, atingindo 241 km/h ao final do quarto de milha.
Nas primeiras marchas, a força da aceleração chega a 1,3 g, ou seja, mais do que muitos carros de corrida de alto nível. E quando a potência combinada atinge seu limite, o motor V8 assume o comando, empurrando o carro até 257 km/h, onde o sistema híbrido se desacopla.
Frenagem de pista, comportamento de rua
Toda essa fúria precisa ser controlada. Por isso, a Chevrolet equipou o ZR1X com freios de carbono-cerâmica de última geração, com discos gigantes de 16,5 polegadas e pinças Alcon de 10 pistões na dianteira e 6 na traseira. Eles são projetados para suportar desacelerações de até 1,9 g, uma exigência digna de carros de Le Mans.
O conjunto de suspensão e pneus também foi desenvolvido para se adaptar a diferentes perfis de condução. A versão mais civilizada usa Michelin Pilot Sport 4S, enquanto o pacote opcional ZTK Performance oferece pneus Pilot Sport Cup 2R, molas mais firmes e apêndices aerodinâmicos mais agressivos — perfeitos para quem pretende explorar o carro em pista.
Design afiado e tecnologia de ponta
O visual segue a identidade da geração C8, mas com toques mais agressivos. Entradas de ar ampliadas, extratores funcionais e spoiler traseiro generoso reforçam a esportividade. A dianteira é esculpida para cortar o ar com eficiência, enquanto a traseira evoca força e controle.

No interior, espera-se o mesmo padrão tecnológico e de acabamento já visto nas versões topo de linha da linha Corvette, com materiais premium e comandos voltados para o motorista. Os modos de condução e configurações da motorização híbrida devem ser ajustáveis, oferecendo desde uma condução tranquila até a mais extrema performance.
Corvette mais caro da história
A Chevrolet ainda mantém o preço do ZR1X em sigilo, mas estima-se que o modelo supere a faixa dos US$ 250.000 nos Estados Unidos — o que, em conversão direta, beira os R$ 1,4 milhão. Isso o torna o Corvette mais caro e potente já produzido em série, superando até mesmo o ZR1 a combustão e o próprio E-Ray.