A Chevrolet está pronta para reacender a história de um velho conhecido dos brasileiros: o Captiva. Após anos fora do mercado, o SUV retorna totalmente reformulado, eletrificado e com ambição de conquistar uma nova fatia do mercado nacional.
A versão 100% elétrica já tem estreia confirmada para o final de 2025, mas será o Captiva híbrido plug-in (PHEV) que deve gerar mais expectativas entre os consumidores — com previsão de chegada às concessionárias brasileiras em 2026.
Um nome que volta com energia nova
Entre 2004 e 2017, o Captiva ocupou seu espaço entre os SUVs médios vendidos no Brasil, até ser substituído pelo Equinox. Agora, a General Motors aposta em uma nova geração eletrificada, mirando diretamente nos consumidores que buscam eficiência energética, bom desempenho urbano e design moderno.

O modelo que será lançado por aqui é baseado no Wuling Starlight S, SUV desenvolvido em parceria com a montadora chinesa Wuling. No entanto, o Captiva que chegará ao mercado brasileiro contará com o visual e os elementos visuais da Chevrolet, como a gravata dourada na dianteira e ajustes no para-choque. Todo o restante da carroceria, incluindo o conjunto óptico dianteiro em dois níveis e a traseira com lanternas horizontais, segue praticamente idêntico ao modelo asiático.
Mecânica híbrida com foco na eficiência
A versão híbrida plug-in do Captiva, como sugere a sigla PHEV, contará com carregamento externo e dupla motorização. O conjunto mecânico será composto por um motor 1.5 aspirado a gasolina de 106 cv e um motor elétrico acoplado, totalizando 204 cv de potência combinada — um número que posiciona o SUV de maneira competitiva entre rivais híbridos do segmento médio.
Um dos destaques está na autonomia. O Captiva híbrido será oferecido com duas opções de bateria: uma com 9,5 kWh, capaz de rodar até 60 km no modo 100% elétrico, e outra com 20,5 kWh, entregando até 130 km sem consumir uma gota de gasolina. Já a autonomia total combinada pode alcançar impressionantes 1.100 km, de acordo com o ciclo de medição chinês, graças ao tanque de 57 litros de combustível.
Tamanho de SUV médio e interior tecnológico
Com 4,75 metros de comprimento, 1,89 m de largura, 1,69 m de altura e 2,80 m de entre-eixos, o Captiva PHEV posiciona-se como um SUV médio com dimensões generosas — ideal tanto para famílias quanto para quem busca um utilitário espaçoso e versátil. O porta-malas, com 610 litros de capacidade, garante espaço suficiente para bagagens volumosas ou uso cotidiano sem apertos.

Internamente, o Captiva aposta alto em tecnologia. A central multimídia flutuante de 15,6 polegadas, o teto solar panorâmico e o pacote completo de assistentes de condução entregam um ar sofisticado ao modelo. Além disso, a lista de equipamentos inclui seis airbags, câmeras 360°, controle de cruzeiro adaptativo, frenagem automática de emergência, alerta de ponto cego e sistema de manutenção em faixa, colocando o SUV dentro do padrão atual de segurança e conforto do segmento.
As rodas de liga leve de 18 polegadas e o acabamento externo refinado complementam o conjunto visual, que mistura elegância e robustez. Com isso, o modelo poderá disputar espaço tanto com híbridos como Corolla Cross e GWM Haval H6, quanto com SUVs a combustão tradicionais.
Estratégia de produção e mercado
O Captiva será inicialmente importado da China, assim como outras novidades da GM, mas a Chevrolet já estuda nacionalizar a produção. Segundo executivos da montadora, o modelo poderá ser montado no Brasil a partir de 2026, possivelmente na planta de Catalão (GO) ou no Ceará, onde a marca planeja parcerias com a Comexport para produção de veículos eletrificados.

Essa decisão reforça o compromisso da Chevrolet em ampliar sua linha de produtos eletrificados no mercado sul-americano. A estratégia já inclui o lançamento do compacto elétrico Spark EUV e deve avançar para outras categorias.



