Após os recentes aumentos no T-Cross, agora é a vez do Volkswagen Nivus registrar novos valores nas concessionárias em setembro. Com um reajuste que varia entre R$ 2.700 e R$ 3.700, o SUV cupê fabricado em São Bernardo do Campo (SP) se mantém como uma das apostas urbanas da marca alemã, mas com preços mais salgados.
A única versão que escapou da alta foi a Sense 200 TSI automática, geralmente destinada ao público PcD e vendas diretas, que manteve o valor de R$ 119.990. Já as demais versões da linha 2026 sofreram acréscimos consideráveis, o que pressiona a competitividade do modelo, principalmente frente ao seu maior rival, o Fiat Fastback Abarth.
A nova tabela ficou assim:
- Sense 200 TSI AT: R$ 119.990 (sem alteração)
- Comfortline 200 TSI AT: R$ 149.990 (+ R$ 3.700)
- Highline 200 TSI AT: R$ 165.990 (+ R$ 2.700)
- GTS 250 TSI AT: R$ 182.990 (+ R$ 3.000)
Esse último valor coloca a versão esportiva GTS em um patamar superior ao do Fiat Fastback Abarth, que custa cerca de R$ 177.990 e entrega 185 cv de potência, contra os 150 cv do Nivus GTS. Um detalhe que pode pesar na balança de quem busca mais desempenho por real investido.
Design atual e proposta jovem seguem como atrativos
Mesmo com o aumento de preços, o Nivus continua apostando em seu estilo cupê urbano, com linhas esportivas e acabamento moderno. O visual frontal segue a identidade da marca, com grade larga, faróis afilados e DRLs em LED, reforçando o apelo visual entre o público jovem e conectado.
As rodas de liga leve variam entre 16″ e 18″, dependendo da versão, e o interior oferece um bom equilíbrio entre tecnologia e conforto. Desde a versão Comfortline, o SUV já conta com central multimídia VW Play, ar-condicionado automático, volante multifuncional, piloto automático adaptativo (ACC), frenagem autônoma de emergência e seis airbags.
Na topo de linha Highline, o destaque fica por conta do acabamento premium, bancos com revestimento em couro ecológico, painel digital de 10″, sensor de fadiga e câmera de ré com linhas dinâmicas.
GTS: esportividade com custo mais elevado
A versão GTS 250 TSI é o grande destaque da gama. Mesmo sem alterações no conjunto mecânico, ela se posiciona como a opção mais completa e potente, com motor 1.4 TSI que entrega 150 cv e 250 Nm de torque, sempre com câmbio automático de seis marchas. O desempenho é sólido, com aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 8,7 segundos, o que agrada quem busca dirigibilidade mais animada.
No entanto, a diferença de preço em relação ao Fiat Fastback Abarth, que tem motor 1.3 turbo de 185 cv e câmbio CVT simulado com 7 marchas, começa a levantar discussões. O Nivus GTS tem mais tradição, mas perde em números absolutos de potência.
Desempenho e consumo: equilíbrio é o foco
Nas versões de entrada até a Highline, o Nivus é equipado com o conhecido motor 1.0 TSI flex de três cilindros, que entrega 116 cv com gasolina e 128 cv com etanol, além de 200 Nm de torque. Esse propulsor já mostrou maturidade no uso urbano e também em estrada, com respostas rápidas, boa elasticidade e eficiência energética.
O consumo médio fica entre 11,7 km/l na cidade e 13,9 km/l na estrada com gasolina, números que reforçam o perfil racional do modelo. Todas as configurações trazem câmbio automático de seis velocidades, o que agrada quem busca conforto sem abrir mão da esportividade leve nas retomadas.
Posicionamento no mercado e expectativa para 2026
A Volkswagen ainda não sinalizou nenhuma mudança estética ou mecânica para o Nivus 2026, o que indica que o foco está em consolidar o produto no segmento de SUVs compactos com pegada esportiva. Com a ausência de atualizações visuais ou técnicas, o recente reajuste pode ser visto apenas como uma readequação de preço frente ao mercado.
Mesmo com o aumento, o Nivus ainda é um dos poucos modelos com design cupê abaixo dos R$ 200 mil, disputando espaço com Fastback, Pulse Abarth e o recém-atualizado Peugeot 2008.
A estratégia da marca parece mirar em valor percebido, mantendo o modelo competitivo pelo conjunto de estilo, segurança e tecnologia — mesmo que a escalada nos preços comece a incomodar parte dos consumidores.



